
Escravos das Recordações
Sinto vontade de gritar, como se eu pudesse, sem os ouvidos ferir.
Vontade de partir, como, se eu soubesse se tivesse sequer aonde ir.
De ir, de sair, as asas domando as forças do vento sendo filho deste vento e pronto!
Pronto a enfrentar o infinito, tão distante, tão próximo, a teu encontro, por quê?!
As ondas do tempo, envolventes, a varrer, desta vida, as areias, a relva mexicana,
Apagando marcas frescas, passadas, da nossa história recente, que mesmo fugindo de um não me deixas em paz. Ora delicadas vagas, serenas, sincopadas ao bater destas asas,
ora altaneiras, borrascosas, num turbilhão a nos confundir a mente.de chamadas de nomes com que sempre fizemos em locais e lugares,,?
Como explicar a força, que nos anima, nos faz seguir adiante, quando, em verdade, temos consciência do ontem, presente, em visões, reais como o zunir do vento em nossos ouvidos. Eu ainda durmo com tua voz em meu ouvido, Pergunto a Deus. Que mais precisas que eu viagem, para não te ouvir? Portugal, Marrocos Itália, México e até aqui nos mais antigos caminhos asteca ainda que nas pedras seja escravo disto....!!!
Escravos das recordações, peças pregadas em nossos sentidos,
a reviver, sempre e sempre, calafrios, tão reais quanto o agora,
Sentimentos tão ciosamente guardados, ecos saudosos de outrora dos desertos Mexicali aos campos brazilis,,
Ney bernadinho
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