terça-feira, 10 de setembro de 2013

Foto de fotografo de fotografia de mim. Dificil fotografar o silêncio Entretanto tentei .Eu conto: Madrugada a minha aldeia estava morta. Não se ouvia um barulho,ninguem passava entre as casas. Eu estava saindo de uma festa. Eram quase quatro da manhã. Ia o silêncio pela rua carregando um bêbado. Preparei minha máquina. O silêncio era um carregador? Estava carregando o bêbado. Fotografei esse carregador. Tive outras visões naquela madrugada. Preparei minha máquina de novo. Tinha um perfume de jasmim no beiral de um sobrado. Fotografei o perfume. Vi uma lesma pregada na existência mais do que na pedra. Fotografei a existência dela. Vi ainda um azul-perdão no olho de um mendigo. Fotografei o perdão. Olhei uma paisagem velha a desabar sobre uma casa. Fotografei o sobre. Por fim eu enxerguei a nuvem da calça. Representou para mim que ela andava na aldeia de braços aberto Fotografei a nuvem na calça e o poeta. Nenhum outro poeta no mundo faria uma roupa mais justa para cobrir a sua noiva. A foto saiu legal. pois vou expor ela aqui no México...

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