"O iniciado comanda a natureza....
e compreende e obedece suas leis superiores que são as modalidades mais puras do Ser, as formas elevadas da Substância e da vontade desligadas do Egoísmo. O iniciado não cede à voluptuosidade, seja ela qual for; a não ser quando julgue oportuno. Ele deve saber usar as coisas e saber igualmente passar sem elas. Só a necessidade é sua mestra, mas ele não tem necessidade e desvenda facilmente as ilusões das paixões. O equílibrio de forças é o propósito a que ele se propõe a todo o momento e, para cumpri-lo, provoca a predominância desse ou daquele motivo sobre os demais. O prazer dos sentidos é só um mero relaxamento, uma distensão. O iniciado é inacessível à angustia e aos remorsos. Ele está acima dos preconceitos e dos erros do mundo. É estoico, pois sabe que todas as coisas, felizes ou infelizes, boas ou más segundo o julgamento humano, sucedem-se como os elos de uma corrente, e passam. Não espera da roda da fortuna nem a felicidade constante, nem as calamidades que ela desencadeia em seu trajeto sem fim, e as vê com a mesma calma com que encara as alegrias."
François Jollivet-Castelot (alquimista
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